sábado, 28 de julho de 2012

“O Efeito Bumerangue na Vida"



Havia, numa igreja, um irmão que gostava de ser cumprimentado por todos. Ele se acostumou a ficar sentado no seu cantinho e todos tinham de ir lá cumprimentá-lo. Um dia, a mulher do pastor não o cumprimentou. Ele ficou irado, e disse: “a senhora não veio me cumprimentar hoje”. A senhora lhe respondeu: “Meu querido, a distância é a mesma”.

Jesus falou do ‘efeito bumerangue’ nas nossas vidas: devemos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que as pessoas fizessem a nós. Devemos não julgar se queremos não ser julgados; não condenar se não quisermos ser condenados, e perdoar se quisermos ser perdoados. Ou seja, nós seremos medidos da mesma forma como medimos os outros. Cordialidade suscita cordialidade. Respeito gera respeito. Violência motiva violência. Julgamento atrai julgamento. Pessoas críticas, duras e julgadoras tornam-se alvos da dureza e do julgamento de outros. Tiago aborda isso, dizendo: “o juízo é sem misericórdia para aquele que não usa de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2.13).

Lares moralistas e duros acabam se desestruturando porque aprendem a condenar tanto os outros que, quando algum problema acontece na casa deles, eles não sabem mais o que fazer. Quando somos duros com os outros na verdade nós estamos nos esquecendo de quem nós somos. Esquecemos, sobretudo, da nossa natureza pecaminosa, e da necessidade desesperadora que temos da graça de Cristo. O moralista quase sempre é desamoroso, e não sabe lidar com o fracasso e com a dor dos outros.

Jesus, conhecendo bem a natureza humana, disse pra não sermos rigorosos ao julgar os outros. É por isso que o evangelho é o melhor caminho. Pessoas legalistas idealizam os outros, e se esquecem de que elas também são falhas. Jesus escandalizou os moralistas do seu tempo porque se aproximou de gente quebrada e de gente com dificuldade de ser amada, e as aceitou assim mesmo.

Dizem que John Bunyan, autor de “O Peregrino”, um dia estava numa cidadezinha do interior da Inglaterra quando passou por ele um homem que estava sendo levado para julgamento, e talvez pegasse pena de morte. Ele vendo a vergonha e situação ruim daquele homem, chamou as pessoas que estavam por perto, e disse: “Ali está John Bunyan, não fosse a graça de Deus”. Era como se dissesse: a graça que me alcançou me poupou disso, mas eu não sou diferente daquele homem.

Então, meu irmão, muito cuidado com a dureza do seu coração. Quando você for tentado a se achar melhor do que os outros, ou superior aos outros, desconfie de você. Lembre-se do ‘efeito bumerangue’, e trate as pessoas como gostaria de ser tratado.

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